quinta-feira, 28 de junho de 2012
A seda
Os primeiros a conhecer a seda foram os chineses. Descobriram que podiam fabricar com ela um tecido para fazer vestidos, e acharam um meio de a extrair dos animais que as produziam. A palavra seda é usada para denominar as secreções de filamentos, produzidas pelas lagartas de alguns tipos de borboletas. Por isto as lagartas são popularmente conhecidas como "bichos da seda".
A descoberta da seda data de aproximadamente 2.600 ano A.C., quando o imperador chinês Hwang-Te confiou a criação do bicho da seda à sua espôsa, Hish-Ling-Shi.
Os chineses observaram que as lagartas podiam viver, prosperar e se criarem em cativeiro, desde que bem alimentadas com folhas de amoreira. Para se ter uma idéia, a partir de 30 gramas de ovos, saem aproximadamente 40.000 bichos, que devoram em oito semanas, 350 quilos de folhas.
Quando nasce, a lagarta não pesa mais que uma décima parte de um miligrama. Na fase adulta, com um comprimento de nove centímetros, ela pesa 10 gramas. Chega o momento então de transformar-se em crisálida, quando então fia a famosa seda.
Os chineses guardaram seus conhecimentos o melhor que puderam, pois desejavam ser os únicos a produzir a seda, que vendiam pelo mundo todo. A seda era transportada por terra, atravessando o Himalaia, a Índia e a Pérsia, até chegar à Turquia, Grécia e Roma, num percurso conhecido como Rota da Seda.
No ano 550, o imperador romano Justiano, resolveu implantar a indústria da seda no império do Oriente e, para isto enviou secretamente dois frades persas à China, para que trouxessem alguns ovos do bicho da seda e os conhecimentos necessários para sua criação.
Quando conseguiram a quantidade de ovos desejada, os dois frades retornaram com os mesmos, escondidos em um bambu, levando-os para Constantinopla. Após incubados, a criação desenvolveu-se sendo confiada a amigos do imperador. Com o tempo, o conhecimento espalhou-se por outros países, não ficando mais a criação do bicho da seda restrita a um privilegiado grupo de pessoas.
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