domingo, 26 de abril de 2015

Bilhete enviado numa carta com perfume de orquídea





 


Da madrugada ao entardecer,
        Sempre bêbada e meu corpo reclama.
Agora principia a primavera,
        e morro de saudades.
Um mensageiro afasta-se
        Enquanto a chuva cai.
Olho pela janela,
        meu coração partido.
Montanha, fecho a cortina
        de gaze e de pérolas.
Renova-se minha dor
        com a fragrância da relva.
Desde que lhe disse adeus,
        na claridade do festim,
Diz-me, quantas vezes
        Das vigas do teto soltou-se o pó?

Yu Suanji (843-868)

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