terça-feira, 2 de fevereiro de 2010




“Nosso Barco Desliza

Rio abaixo, tangido pela brisa,

o nosso barco, plácido, desliza.

Para além do vergel que orna as barrancas,

vejo os montes azuis, as nuvens brancas.

Dormita a amada. Com o olhar, afago-a.

Sua mão ebúrnea roça a fímbria da água.

Do seu ombro de frágil estatueta

alça-se e foge linda borboleta.

Sigo seu vôo trépido e suponho,

vendo-a sumir-se, alígera, pelo ar,

que a borboleta deve ser o sonho

que a doce amada acaba de sonhar.”

(Chang Wu Kian - 1879)

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